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28 de janeiro de 2011

LEMBRANÇAS, MARCAS E SINAIS...


João Pessoa-PB Janeiro/2011
A vida é uma canção em forma de poema
Cada obra tem uma composição singular
Nenhuma será como a outra
Cada criação com suas próprias peculiaridades
São marcas dadas ou adquiridas durante sua trajetória
E por meio dos encontros, desencontros e reencontros
Cada arte, cada vida ou pedra preciosa, é lapidada
Por vezes a angustia e a solidão afogam o ser existente
Em outros instantes também não raros a felicidade e paz de espírito são elementos presentes
Recortes de uma vida...
Momentos são registrados e preservados na mente
Lembranças que decidimos resgatar
Ou lembranças que existem sem nos consultar
De uma maneira ou de outra elas geram em nós prazer ou angustia de alma
Como um silêncio profundo vai dominando uma multidão e penetrando no mais profundo de cada ser
Assim é a lembrança, por vezes astuta e imperceptível nos assusta
Outrora como um tsunami sem piedade e com violência nos rouba a paz
Relembrar pode nos fazer bem
Voltar ao passado ou ao tempo vivido nos permitir resgatar fragmentos e sinais que nos completa o sentido de preservar a existência
Cada um recebe o projeto de uma canção
Assim que somos trazidos a existência somos convocados a dar cor, forma e melodia, aquilo que ainda é um simples projeto de vida
Passar pela existência sem registrar uma marca ou um sinal é praticamente impossível
Fazemos parte de um roteiro aparentemente já produzido
Um concerto ensaiado
Um espetáculo anunciado
Mas a surpresa e o inesperado são uma constante na existência humana
Por meio da ação ou por meio do silencio, deixamos marcas e produzimos lembranças que serão revividas e preservadas por outros ou não
Quais as marcas que estamos deixando?
Quais os sinais que estamos produzindo?
Quais as lembranças que estamos resgatando?
Uma coisa é certa
Voltar ao passado pode me garantir um bom presente e um futuro brilhante, ou não
Tudo depende da lembrança que busco reviver ou preservar
Como também da lembrança e marca que decido eternizar

FIM DE TARDE...















Fim de tarde
A luz do dia vai se apagando aos poucos
O sol vai se pondo
Como quem não quer ir embora
Enquanto isso as aves cantam e voam
Parecem tocar o horizonte
E como o brilho do sol
Somem no infinito
O céu muda de cor
O azul se mistura com a cor laranja e com o dourado
O vento sopra suave
A noite chega devagar
Ainda quando é dia
A lua ainda mais suave e mansa
Tenta não roubar a cena
O momento é do sol
Mas aos poucos a escuridão que parecia prevalecer
É iluminada pelo brilho da lua
Que delicadamente saí de entre as nuvens
E com ela surgem as primeiras estrelas
 O nosso coração se acalma
A inspiração nos convida
A escrever um novo poema
A cantar uma bela canção
Um pouco de silencio e atenção
Poderemos perceber que há vida em nós...

UMA BUSCA...


 
Vivo uma constante busca
Busco por mim...
Por vezes solitário
Calmamente busco por mim
Não que esteja de fato perdido
Apenas busco por mais de mim, mais do meu ser, mais do que sou
Me deixo levar nesta busca, me entrego
Ando com o vento
Mergulho com mar
Toco o horizonte
Sinto saudades
Sinto verdade
Sinto a melodia da canção
Percebo o mundo em minha volta
Percebo o mundo, parte de mim, parte do outro
Percebo o mundo que passa, o mundo que ficou
Tomo conhecimento do que é, do que há e daquilo que pode ser
Tomo consciência de mim, de quem sou, de quem serei
Em silencio a realidade me faz pensar
Me deixo levar
Perco meu sono
Vagueio na noite, sem sair de casa, sem levantar da cama
Já é madrugada
Não vejo a hora passar
A noite se confunde com o dia
Não percebo o sol nascendo
E dentro de mim há outro tempo, além do tempo que há para todos
Dentro de mim há o meu tempo
O tempo que tenho
O tempo que dito
O tempo que faço
O tempo consciente e por vezes inconsciente
Mas meu...
O tempo que em mim se faz presente
O tempo que decido parar
Tento me reinventar
Assim se faz vários tempos num só e em mim
O Tempo de calar
O Tempo de esperar
O Tempo de tentar perceber
O Tempo de olhar de perto
O tempo de me recolher
O Tempo de ouvir
O Tempo de ser paciente
O tempo que vem
O tempo que vai
O tempo que muda
O tempo que me muda
E me faz diferente
Tenho paz e esperança
A força que me faz caminhar 
Abraço à mim e aos que são meus
Na certeza de que irei além do que espero e busco
Esperanças se renovam
Novos dias
Novos tempos me guiam
Vivo tentando respeitar o tempo que chamo de meu

21 de janeiro de 2011

FÉ... SIMPLESMENTE FÉ.

Há uma luz que brilha em nossos corações...
Iluminando o tempo de escuridão e dúvida.
Há uma mão que enxuga nossas lágrimas...
Quando somos tomados pela insegurança e pelo medo.
Há um braço forte que nos consola e nos abriga em tempos de dor e desespero.
Não estamos solitários no universo,
Não estamos esquecidos no tempo,
Não estamos entregues ao deus dará.
O Criador é Aquele que nos assisti e nos sustenta com graça,
É Dele que surgi o nosso fôlego de vida,
É Dele que surgi nossa força e perseverança,
É Dele que vem nossa paz incondicional ao momento vivido...
Caos algum nos desligará Dele,
Homem nenhum poderá nos arrancar dos seus braços,
Na há dor que cale nossa voz...
Deus sempre ouvirá nosso clamor,
Mesmo quando impedidos pela dor e tomados pelas lágrimas...
Ele ouvirá nossa voz,
Ele ouvirá nosso coração...
Nada poderá limitar ou deter seu amor e poder.
E eu cofiarei em Deus...
Ainda que aparentemente Ele não me ouça,
Ainda que tudo o que eu tema ocorra.
Confiarei Nele sempre...
E em canção direi:
“Ainda que a figueira não floresça
Ainda que a videira não dê o seu fruto
Ainda que não haja lírio nos campos
Me alegrarei em Ti...”